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Coreia do Norte pune militares por ‘comportamento impuro’

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Dois militares do alto escalão podem ser enviados para reeducação; país tem histórico de substituições frequentes de líderes das forças armadas

Líder da Coréia do Norte Kim Jong-un (KCNA/Divulgação)

Dois militares do alto escalão da Coreia da Norte foram punidos por “comportamento impuro”, informou um legislador sul-coreano à CNN. Não ficou claro qual foi a conduta específica que motivou a punição, mas analistas consultados pela rede americana afirmaram que provavelmente eles passarão por uma reeducação dentro da ideologia do partido de Kim Jong-un.

Os militares foram identificados pelo Serviço de Inteligência Nacional da Coreia do Sul (NIS, na sigla em inglês) como sendo Hwang Pyong So, diretor do Departamento Político Geral (GPD, na sigla em inglês), órgão que exerce o controle político nas forças armadas, e seu assessor Kim Won Hong.

O GPD é uma das instituições mais importantes da Coreia do Norte. Antes da punição, Hwang Pyong So era um dos três homens mais poderosos abaixo de Kim Jong-un. Os outros dois são o ministro da defesa e o chefe da equipe geral.

O professor da Universidade de Kookmin em Seul, Andrei Lankov, explicou à CNN que nenhum líder militar fica no poder por muito tempo na Coreia do Norte, permanecendo no máximo um ano. “Os generais são substituídos com uma frequência sem precedentes”, afirmou. “Uma vez que você ganha alguma base de poder você está fora. Se tiver sorte te dão um trabalho muito longe das forças armadas. Se não tiver sorte, está morto”.

A punição veio uma semana após um soldado norte-coreano desertar e atravessar a fronteira para a Coreia do Sul. O departamento de Hwang era o responsável por garantir que os militares estivessem devidamente doutrinados e nunca conseguissem desertar. Além do soldado da semana anterior, cujo nome ainda não foi revelado, outros três desertaram este ano.

Essa deserção seria motivo suficiente para a queda de Hwang Pyong So e Kim Won Hong do cargo, explicaram alguns especialistas à CNN. O argumento seria de que o soldado não era ideologicamente sólido.

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