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Cientistas descobrem bactéria que pode se alimentar de garrafas PET

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A bactéria conseguiria degradar quase que completamente uma fina camada de PET após seis semanas em uma temperatura de 30 graus Celsius

(VEJA.com/VEJA)
(VEJA.com/VEJA)

Cientistas japoneses descobriram uma bactéria específica que consegue decompor garrafas feitas de plástico, confeccionadas com PET. O estudo, publicado recentemente na revista Science, traz outra possibilidade – além da reciclagem – para o problema das milhões de toneladas de plástico que são produzidas anaulmente em todo o mundo.

Os pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Kyoto e da Universidade de Keio coletaram 250 amostras de detritos contendo PET e rastrearam as bactérias que dependiam do componente como fonte de alimentação. Foi assim que a equipe, liderada por Shosuke Yoshida, do departamento de biologia aplicada do Instituto de Tecnologia de Kyoto, identificou uma bactéria que conseguiria degradar quase que completamente uma fina camada de PET após seis semanas em uma temperatura de 30 graus Celsius.

 

 

A bactéria, chamada Ideonella sakaiensis 201-F6, tem a ajuda de duas enzimas que se quebram e se alimentam dessa substância que é presente em diversos objetos feitos de plástico. Os cientistas identificaram que, inicialmente, uma enzima chamada ISF6_4831 utiliza a água para transformar o PET em uma substância intermediária que é quebrada e “digerida” pela segunda enzima, chamada ISF6_0224.

A descoberta pode ter ocorrido graças à grande capacidade de adaptação das bactérias aos ambientes em que vivem. “Se colocarmos uma bactéria em uma situação em que elas só tenham uma fonte de alimento, com o passar do tempo elas vão se adaptar a isso”, disse Enzo Palombo, professor de microbiologia da Universidade de Swinburne, ao The Guardian.

O uso específico das bactérias, no entanto, ainda não é claro. Uma das ideias é que com essa descoberta, os pesquisadores consigam identificar novas bactérias que funcionem como agentes biológicos capazes de consumir outros tipos de plástico, e não só o PET. Isso permitiria, por exemplo, que essas bactérias fossem pulverizadas sobre a água de oceanos e rios para que elas degradassem o plástico que estivesse flutuando por ali.

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