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África do Sul critica decisão da Federação de Atletismo e defende atleta

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A África do Sul criticou a decisão da IAAF de obrigar atletas a reduzirem a quantidade de testosterona para disputarem provas femininas

Johanesburgo – A África do Sul saiu nesta quinta-feira em defesa da atleta Caster Semenya, duas vezes campeã olímpica dos 800 metros, e chamou de “caça às bruxas” a decisão da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) de obrigar as atletas com elevada produção natural de testosterona a reduzi-la.

“Essa infeliz e proposital decisão é, no melhor dos casos, uma caça às bruxas contra a nossa atleta Caster Semenya”, afirmou a ministra de Esportes da África do Sul, Tokozile Xasa.

A ministra disse estar decepcionada com a IAAF pela decisão de obrigar as atletas com elevada produção endógena de testosterona a reduzir os níveis do hormônio no corpo para disputar algumas provas femininas. Caso contrário, elas deverão correr com os homens.

Xasa questionou, inclusive, se a decisão não é uma forma de tentar diminuir o domínio das atletas africanas nas competições e chamou os sul-africanos a se manifestar oposição a novas regras.

A ministra afirmou que o governo da África do Sul tomará todas as medidas ao seu alcance para contestar a medida, que no país é vista como racista, sexista e deliberada para prejudicar Semenya.

A atleta, por enquanto, não se pronunciou diretamente sobre a polêmica decisão, mas compartilhou algumas mensagens no Twitter.

“Que lindo é permanecer calada enquanto os demais esperam que estejas furiosa”, dizia uma das mensagens compartilhadas por ela.

Semenya é muito popular e querida na África do Sul. Centenas de internautas do país mostraram apoio à atleta nas redes sociais, e a hashtag #CasterSemenya estava nos trending topics do Twitter.

A ala feminina do Congresso Nacional Africano (CNA), partido que governa o país, acusou a IAAF de querer encerrar a carreira de Semenya.

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